quarta-feira, 25 de abril de 2012

aos toiros de todas as gerações

Neste dia vermelho / de pétalas arrancadas / onde os toiros / de cornos afiados / cospem ansiosos / e coçam-se. / Ai de quem abrir / agora / a vetusta cancela. / Seguram as velhas tábuas / o pavor primitivo / do primeiro grito / (e era o que bastava!) / Mortal-izam os toureiros / com olhos incandescentes / mas por trás das madeiras, / ainda. / Pressentem o cheiro do instável / da subida de degrau, / da escalada da mudança, / do abysmo branco. / Acenam-lhes os toureiros, / empertigados de rabos apertados, / com a verdadinha de hoje / (sentados sobre um prego) / "basta que chegue para mim e para os meus!" / cante-se sempre / a morte do primeiro toiro: / não faz, a mesma espada, cair dois toiros ao mesmo tempo 25/26 avr 2012/ 3.22