segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Cinque Terre e o respirar de alívio

Quem não reconhece esta paisagem??

Pois é, foram muitos kilómetros percorridos até chegar a esta foto: Manarola, em Cinque Terre, pertencente a La Spezia, no norte de Itália. Já sonhei com esta imagem inúmeras vezes sempre pensando quem moraria naquela casa, ou quem estaria na esplanada...ainda por cima é a fot de parede de um restaurante em Francelos, onde costumamos almoçar aos domingos, na praia. E é também a fotografia de parede de um amigo meu que decidiu colocá-la na parede da sala. Por isso, esta foto foi--me acompanhando ao longo do tempo e com ela a minha imaginação.

Muitos turistas para uma vilazinha tão pequenina. Nadámos neste mar impossível, comprámos ervas para cozinhar e limoncello. 38.5º e deu para bronzear um pouquinho em 20 minutos ao sol. Um sol que ainda agora me aquece a pele.

Roma, Nápoles e Pisa


A primeira coisa que quis visitar foi a Fontana di Trevi. Por toda a cultura urbana em redor, pela beleza, pela grandiosidade. Aliás em Roma, é tudo desproporcionalmente grande. As estátuas têm uma proporção desregulada em relação ao típico habitual. É tudo muito alto, muito branco marmóreo. A cidade sugere imponência, grandes impérios, poderosos senhores, um cenário que fura a história. Mesmo que não se conhecesse a história do império romano, qualquer pessoa saberia distinguir a cidade como uma das mais opulentas.



Decidimos comprar no dia anterior o bilhete prévio para visitar o Museu do Vaticano. Poupámos tempo na fila (dava 2 vezes a volta à esquina) apesar de se pagar mais mas em contrapartida entrámos directo. E claro...Capela Sistina,Miguel Ângelo, Rafael, os grandes...deixo ficar algumas imagens (ainda que proibidas)





 Porque já estamos dentro do Vaticano fomos descobrir a Basílica de S. Pedro e aí, tive de parar no outro lado da estrada porque os pelinhos do braço começaram a eriçar-se. Não tinha olhos suficientes. A Basílica é muito mais do que o que cabia em mim.











Deambulámos em direcção ao Coliseu, só saboreando a cidade.





Muita coisa ficou ainda por visitar de uma forma mais profunda. Saborear a cidade a pé é um excelente tónico para voltar. As ruínas. A movida da cidade. A voltar também.

No dia seguinte, seguimos viagem para Nápoles e Pompeia. Era um "must go" que sempre quis fazer por isso não me iria escapar. Comprei o bilhete para entrar nas ruínas (pouca fila e com possibilidade de audio guide). Bem sinalizado e com livros gratuitos de apoio.







Pompeia povoava o meu imaginário com a imagem dos corpos mortos moldados até aos dias de hoje com o pormenor da expressão facial no momentos em que sucumbiram. Foi aterrador verificar isso ao vivo.




Fui embora com um nó na garganta. 

Fomos descobrir Nápoles. A primeira impressão a cidade é que está pousada numa nota completamente diferente do resto das cidades italianas por que passámos. As pessoas são mais jovens e mais bem arranjadas. Mais bonitas apesar de igualmente carrancudas (não fiquei bem impressionada com o atendimento italiano. Acho que têm muito a aprender com os portugueses em questão de simpatia, cuidado, boas maneiras...) Pareceu-me ser um gigante Bairro Alto em pleno centro histórico da cidade e sem nenhum cuidado com a zona circundante. Paredes de igrejas grafitadas, é uma cidade mais obscura, nota-se a presença de droga (pelo cheiro então...).



 Jantamos por lá e fizemos compras (em comparação, é mais ou menos igual a Portugal nesta zona). Ao jantar tomámos uma decisão: porque faltava um dia para voltar para casa e queríamos muito visitar uma pequena terra lá em cima no norte de Itália, mas para isso teríamos de fazer a viagem durante a noite e não dormir. Pois e o que foi que decidimos? É claro que foi isso mesmo que fizemos. Levantámos e seguimos viagem. 

Chegamos a Pisa a meio da noite e acabamos por dormitar no carro. Não sei como, sei que fui acordada passada umas horas, em frente à Torre de Pisa. Que bom acordar! Afinal conseguimos atingir o nosso objectivo e não podíamos estar mais satisfeitos.