Neste dia vermelho /
de pétalas arrancadas /
onde os toiros /
de cornos afiados /
cospem ansiosos /
e coçam-se. /
Ai de quem abrir /
agora /
a vetusta cancela. /
Seguram as velhas tábuas /
o pavor primitivo /
do primeiro grito /
(e era o que bastava!) /
Mortal-izam os toureiros /
com olhos incandescentes /
mas por trás das madeiras, /
ainda. /
Pressentem o cheiro do instável /
da subida de degrau, /
da escalada da mudança, /
do abysmo branco. /
Acenam-lhes os toureiros, /
empertigados de rabos apertados, /
com a verdadinha de hoje /
(sentados sobre um prego) /
"basta que chegue para mim e para os meus!" /
cante-se sempre /
a morte do primeiro toiro: /
não faz, a mesma espada, cair dois toiros ao mesmo tempo
25/26 avr 2012/ 3.22
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