sábado, 16 de março de 2013

Poema de Bolso

 http://www.youtube.com/watch?v=9CDOioJ9lP0



Poema pequeno este que escrevo
não por falta de palavras que essas
resumem-se ao verbo.
Quero-te dar um poema de bolso.
Cose-o à pele com fios de cabelo
ou engole-o
e deixa-me percorrer-te as veias.

E para onde quer que olhes
verás através destas palavras.
Quando te sentares,
serão nestes versos que repousarás.
Quando chorares
(e eu sei que choras)
existirão na água sagrada da tua alma
pequenos pedaços de sílabas de amor.

O sonho começa quando acordo ao teu lado.
O poema repousa-te nas pálpebras,
nas tuas mãos suadas,
no teu sexo cansado,
na tua boca de pêssego entreaberto.
E a beleza é tanta
que não te consigo sussurrar sequer:

- "Bom dia, meu amor..."

Era para ser um poema pequeno,
juro!
Daqueles que memorizas
e mais parece um provérbio,
um silogismo, um ditado.
O poema que te quero dar
resume o mundo num verso:

o teu nome.


06'04/ sofa, rodeada de cadelas e da tua presença

1 comentário:

  1. Simplesmente sublime ... o tempo pára mas no entanto o coração lateja e bombeia mais forte com a soma do texto com o video. Talvez o teu melhor apenas pq é o ultimo... quero mais. Sempre quis. Beijo

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