Depois de uma Luz, onde o nosso mundo se recurva e vira do avesso, surgiu a necessidade de convergir a experiência da maternidade com tudo o que estava relacionado com o "velho mundo". Apesar de me sentir mãe da Luz muito antes de ela nascer, eu não me comportava como tal. Quando a Luz nasceu, as minhas rotinas alteraram-se de todas as maneiras, mas os meus gostos, não. Eu não podia deixar de ser eu na sua totalidade. A minha essência tinha de se manter: a minha música, as minhas letras, o gosto pela pedagogia, a minha arte. E como fundir agora todos estes gostos antigos sem me perder, sem me recalcar mas, ao mesmo tempo, sem beliscar em nada o lado maternal que tomara conta de mim?
Tive de unir todos estes pontos:
Nasceu "O Mundo da Luzinha".
A minha proposta é a de levar a mãe ou o pai, o professor, o educador ou simplesmente o curioso a debater-se com novas perspectivas que ampliem a experiência musical de forma a torná-la mais rica e mais completa, em prol do bem estar da criança e da sua estimulação psico-emocional. Não sendo a música unicamente uma experiência estética, é relevante nos tempos em que vivemos, consciencilizarmo-nos sobre as possibilidades da música como recurso pedagógico. Porque a música nasce connosco desde os tempos ancestrais. Porque todos temos música dentro de nós, começando pelo bater do coração. O importante é continuar a dar-lhe voz. É recuperar essa musicalidade que vamos perdendo à medida que crescemos e canalizá-la: fazer da música uma ferramenta ao alcance de todos. A música, como experiência psicológica, pode, na linha temporal, modelar a personalidade da criança e ampliar-lhe a capacidade sensível e sensitiva. A música pode apresentar-se como escultora de personalidade da criança. E não é isso que queremos para os nossos filhos?
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